6 em 6 de Feveiro

Número 6 - O Deus do Amor

Conta o número 6 que:

Para se tornar uma Divindade teve que aprender a amar.

Teria o poder de evitar as brigas, as agressões e os desentendimentos. Pois, estes factores não representam o sentimento amoroso.

Por isso, seria ele um grande mediador. Estaria sempre disposto a conciliar e a proporcionar entendimento.

Porém, decidiu por conta própria acrescentar algumas atitudes a sua tarefa. Se deveria patrocinar entendimento, poderia então evitar desentendimentos.

E, para isso, seria preciso interferir na vida das pessoas, impedindo-as de desentenderem-se.

Assim, tornei-se uma ponte de ligação entre as pessoas.

Dizia para um o que o outro pensava. Relatava a todos o que um fazia. Relembrava os compromissos assumidos. Interferia nas escolhas alheias, com medo de que fossem erradas e produzissem desentendimentos.

Fazia tudo isso em nome do amor. Pois, era preciso gerar calma, tranquilidade e entendimento entre as pessoas. Mergulhou nessa tarefa apaziguadora. E, não percebeu que as pessoas estavam a afastar-se dele.

Quando se deu conta que não tinha ninguém ao seu redor.

Assustado, dirigiu-se ao Deus dos Deuses e perguntou-lhe:

- Se essas pessoas me amavam, porque me abandonaram?

Respondeu-me o Deus dos Deuses:

- Quem disse que elas te amavam ?

- Pensei que sim. Porque é que elas não me amavam?

- Terás que descobrir. Volta ao Planeta Terra e observa-as.

Passou algum tempo e voltou a falar com o Deus dos Deuses.

Disse-lhe:

- Pensava eu senhor; que para amar as pessoas seria preciso poupá-las. Por isso, decidi interferir nas suas vidas para evitar desentendimentos.

- E o que foi que descobristes observando as pessoas ? - disse o Deus dos Deuses.

- Descobri que para amar é preciso respeitar o direito das pessoas de descobrirem as suas verdades sozinhas. E assim, para tornar-me a Divindade do Amor, tive que dar às pessoas o direito de descobrirem os seus próprios caminhos e viverem as suas experiências.